Palacete Silveira e Paulo

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Tipo de Imóvel: Arquitectura Civil
Morada: Rua da Conceição





 



Este palacete foi mandado construir em Abril de 1900 pelo comendador  João Jorge da Silveira e Paulo, um rico fazendeiro e negociante de cacau na ilha de S. Tomé.
Os materiais exteriores de revestimento utilizados são de grande qualidade.

Nas fachadas voltadas para as ruas vizinhas, as bordaduras das janelas e portas e o próprio soco são revestidos por pedra importada: lioz, mármore do Alentejo e pedra azul de Cascais, o que contribui para afirmar o valor do imóvel.

A fachada principal está voltada para a Rua da Conceição tendo ao centro um alto pórtico com dois portões em madeira trabalhada e uma varanda central, correspondente ao salão nobre da casa.

A partir da entrada desenvolve-se uma escadaria, em dois planos, cimo da qual está um vitral que representa duas figuras mitológicas: a agricultura e o comércio, correspondentes às fontes de riqueza do construtor.

No interior foi feito um liberal recurso às artes decorativas nas salas e salões, o que sublinha a magnificência do palacete, construído com recurso aos melhores materiais disponíveis na época.
Os sobrados e pavimentos são  em madeira de várias espécies e tons, num complexo e elaborado mosaico; os ferros fundidos das sacadas e torrinha são do melhor que a técnica da altura permitia; as sancas decorativas, em gesso com acabamento a folha de ouro, prata e pintura policromada marcam cada um dos compartimentos nobres. Merece referência o trabalho em estuque, por vezes policromo, nos florões dos tectos e paredes das salas dos dois andares nobres.

Da torrinha do palacete Silveira e Paulo vislumbra-se a cidade de Angra em todas as direcções através de um conjunto de janelas  e de uma varanda octogonal que a permite circundar, permitindo vista desimpedida em todas as direcções.


O palacete foi comprado pelo Estado em 1937, tendo sido sujeito a obras de reparação e adaptação, para o funcionamento  da Escola Comercial e Industrial. A escola foi fundada em 1899 e começou a funcionar no novo edifício em 1939. Aquando da extinção das Escolas Comerciais e Industriais decorrente da Revolução de 25 de Abril, ali passou a funcionar o Ciclo Preparatório, anexo à Escola Secundária Pe. Jerónimo Emiliano de Andrade, assim como o Conservatório Regional a partir do sismo de 1980.

No início deste Século foi entregue à Direcção Regional da Cultura, tendo sido sujeito a obras de restauro e adaptação, respeitando a sua traça original.

Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público pela Resolução n.º 64/84, de 30 de Abril, publicado no Jornal Oficial, I Série, n.º 14, daquela data, classificação consumida por inclusão no conjunto classificado da Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo, conforme a Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, e artigo 10.º e alínea a) do artigo 57.º do Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto


Referências:  Wikipédia e CCM

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