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Vulcão do Pico Alto

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O Vulcão do Pico Alto ocupa grande parte da zona centro da ilha Terceira, situando-se a norte do Vulcão Guilherme Moniz, e corresponde a um vulcão poligenético com caldeira, quase totalmente preenchida por numerosos domos e coulées traquíticos.

Após um período de intensa actividade explosiva que conduziu à formação de uma caldeira de colapso, à menos de 140.000 anos B.P., a actividade eruptiva de natureza traquítica (s.l.), exibida pelo Vulcão do Pico Alto tem alternado entre efusiva e explosiva. Em resultado, foram produzidos numerosos domos e coulées, a que se encontram associados escoadas piroclásticas e surges, cujo desenvolvimento se tem efectuado preferencialmente para N e NE. Apesar de não se ter verificado nenhuma erupção histórica neste vulcão a actividade eruptiva é bastante recente tendo ocorrido as últimas erupções há cerca de 1.000 anos B.P. ou menos.

Presentemente, as manifestações secundárias mais relevantes localizam-se no flanco sudoeste do aparelho, no campo fumarólico das Furnas do Enxofre.


Texto retirado de: CVARG



Vulcão do Pico Alto - ao fundo
Vulcão do Pico Alto - ao fundo

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Vulcão de Santa Bárbara

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Parte de uma das caldeiras do Vulcão de Santa Bárbara


O Vulcão de Santa Bárbara (que tipifica o contorno elipsoidal da ilha Terceira, a noroeste) é o mais geodiversificado de todos os grandes vulcões terceirenses.
Iniciou-se (há 1 milhão de anos?) ao longo de episódios submarinos que depois geraram produtos terrestres, essencialmente basálticos, característicos de um vulcão em escudo. Porém ao longo dos milénios, Santa Bárbara evoluiu para um vulcanismo mais ácido expressando-se sob a forma de domos e de espessas escoadas traquíticas, episódios plinianos e subplinianos de pedra-pomes e de algumas pequenas massas de ignimbritos. Durante uma importante fase de intensa actividade terá formado duas caldeiras aproximadamente concêntricas. O fenómeno de colapso que levou à génese da primeira caldeira terá ocorrido  num período entre os 30.000 anos B.P. e os 25.000 anos B.P., enquanto que a formação da  última caldeira terá ocorrido à menos de 10.000 anos B.P.. Posteriormente, no interior da segunda caldeira terão ocorrido diversas erupções, como atestam a presença de domos e espessas coulées.
Nos flancos do Vulcão de Santa Bárbara destacam-se diversos cones de escórias e extrusões de lavas traquíticas.
As escoadas e as projecções de obsidianas são, porém, dos materiais vulcânicos mais espectaculares do arquipélago, inserindo, assim, o Vulcão de Santa Bárbara no conjunto de paisagens vulcânicas de maior interesse geoturístico e cultural insular.
Na vertente sul do Vulcão de Santa Bárbara encontram-se identificadas diversas áreas geotérmicas e no sector Serreta-Raminho existem águas mineromedicinais de valor terapêutico. A sismicidade, as erupções submarinas de 1867 e de 1998 e a frescura dos acidentes tectónicos (falhas, estruturas associadas e caldeiras) adicionadas aos factores anteriormente referidos permitem inserir Santa Bárbara na série de vulcões potencialmente activos dos Açores
Faz parte da  Reserva Natural da Serra de Santa Bárbara e dos Mistérios Negros incluída no Parque Natural da Terceira.

Serra de Sta.Bárbara vista de Angra do Heroísmo


Referências:

2- SIARAM

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Algar do Carvão

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Classificado como Monumento Natural Regional dadas as suas peculiaridades vulcanológicas, e importância em termos ambientais, o Algar do Carvão é a cavidade vulcânica mais conhecida dos Açores, e o único vulcão em todo o Mundo cujo interior é visitável! 


Trata-se de uma chaminé vulcânica que não se encontra completamente obstruída:
 a sua  cratera, ou seja a "boca" do algar com dimensões de 17 x 27 metros,  dá passagem a uma conduta vertical com cerca de 45 m de desnível, seguida de uma rampa, constituída por um depósito de gravidade, e de um novo desnível na vertical que termina numa lagoa a cerca de 80 metros de profundidade relativamente à boca do algar.




A Origem


O Algar do Carvão teve a sua origem num processo muito raro a nível mundial e único nos Açores:

Neste local, existia  um espesso manto de natureza traquítica (rico em silica, Si +/- 60%) resultante da actividade do vizinho vulcão do Pico Alto.
Mais tarde, há cerca de 3000 anos BP, iniciar-se-ia uma  erupção vulcânica de natureza basáltica que daria origem a um vulcão estromboliano. 
Numa primeira fase, a lava basáltica numa tentativa falhada de  romper esse espesso manto traquítico, formou a zona da lagoa e as duas abóbadas que se encontram sobre a mesma. Posteriormente, numa nova tentativa, conseguiu romper mais ao lado a actual chaminé, emitiu escoadas lávicas basálticas muito fluídas que cobriram uma grande área em seu redor incluindo o fundo da Caldeira do Vulcão Guilherme Moniz, e formou um cone de material piroclástico, o Pico do Carvão. 
Os derrames de lava muito efusiva, produziram rios de lava ácida muito fluidas que carbonizaram vegetação existente. A datação de um dos fósseis então formados, dá para o Algar do Carvão uma idade de 2148 ( + ou - 115 anos). 
Na fase final da actividade eruptiva, o magma retrocedeu rapidamente para o interior das condutas mais profundas e da câmara magmática, deixando um vazio por baixo do manto traquítico, ou seja o algar propriamente dito.


Interesse geológico 




No interior do algar, além das já referidas abóbadas representativas das tentativas de saída da lava basáltica, podem-se ainda observar restos da "capa" basáltica que revestiu as paredes  e que entretanto, por acção de fenómenos sísmicos e da gravidade foi desabando, deixando exposta a camada traquítica.  





Noutros pontos, a parede é revestida por um material vítreo, negro e liso, característico da obsidiana, que se apresenta  sob a forma de escorrimento lateral ou formando lâminas pendentes,  e que representa o recuo da lava. 




Outra característica única deste algar é a existência de estalactites e algumas estalagmites de sílica amorfa, de cor branca leitosa e veios férricos avermelhados produzindo alguns, por oxidação, depósitos de limonite.
Estas formações revestem uma parte importante dos tectos e das paredes, e têm origem na dissolução dos minerais férricos e de silica na água que se infiltra e escorre para o interior da cavidade. 


 
 
Esta enorme diversidade mineralógica confere ao algar uma variedade de cores e tons impressionante.






Fauna e Flora

 


A área envolvente do Pico do Carvão apresenta uma vegetação natural do tipo floresta húmida macaronésica e zonas de turfeiras. 





No primeiro troço da chaminé, mantém-se este tipo de vegetação com espécies arborescentes como o Azevinho (Ilex perado), a Urze (Erica azorica), o Loureiro (Laurus azorica)  e a Uva-do-mato (Vaccinium cylindraceum), alguns fetos como o Blechnum spicant, Polypodium macaronesicum, Culcita macrocarpa e Elaphoglossum hirtum e diversos briófitos. 



Segue-se outra zona um estrato herbáceo típico da floresta húmida açoriana, com Lysimachia azorica, Hedera helix, várias Carex, Leontodon rigens, Luzula purpureo-splendens e Prunella vulgaris. Novamente diversas espécies de musgos e hepáticas estão presentes. 

 


Numa zona inferior temos apenas os fetos e alguns briófitos.

A biodiversidade vai baixando consideravelmente, e por último, na penumbra, restam apenas as algas e os bolores.
No total, o povoamento vegetal inclui 34 espécies diferentes de hepáticas, 22 de musgos e 27 de plantas vasculares (12 das quais são fetos).





Do ponto de vista da fauna, esta cavidade vulcânica alberga uma importante variedade de animais troglóbios, especializados à vida nas cavernas:
o escaravelho Trechus terceiranus , endémico da ilha Terceira;
a centopeia Lithobius obscurus azorae , endémica dos Açores
e variadas espécies de aranhas, também endémicas como:

Pode-se encontrar também uma fauna de insectos que, embora não troglóbia, prefere este tipo de habitat como é o caso do escaravelho Catops coracinus e o Mil-Pés ou Bicho carta (Blaniulus guttulatus). 
É possível observar nesta área classificada a avifauna típica dos Açores, como é o caso do pardal (Passer domesticus), do melro-preto (Turdus merula azorensis) e do tentilhão (Fringilla coelebs). 
 




Referências:


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Vulcão dos Cinco Picos

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O estrato-vulcão dos Cinco Picos é um aparelho vulcânico de grandes dimensões e actualmente desmantelado. Situado a Leste da ilha, apresenta altitude máxima de 500 m. O diâmetro desta caldeira é de cerca de 7 km, aferido a partir do bordo NE, que corresponde à Serra do Cume e do bordo SW, que corresponde à Serra da Ribeirinha.






Na zona interior da caldeira, relativamente plana, destacam-se alguns aparelhos secundários de onde ocorreram derrames lávicos  que se dispuseram em direcção à costa através da abertura localizada a SE das referidas Serras.

A actividade subaérea deste vulcão terá ocorrido durante o pliocénico médio (aponta-se para +/- 3,5 milhões de anos)  dando origem à emergência da ilha, que não é mais do que a fracção emersa de uma montanha submarina, formada pela acumulação de depósitos vulcânicos. 

Terá evoluído como um grande vulcão em escudo, tendo depois entrado num período de maior explosividade, com emissão de pedra pomes de queda e ocorrência de escoadas piroclásticas que deram origem a alguns dos mais antigos ignimbritos da ilha Terceira. 

Datações de K/Ar, levadas a efeito por Feraud et ai. (1980) em lavas próximas do topo da Serra do Cume, apontaram para uma idade de 300.000±100.000 anos, o que faz pressupor que a caldeira dos Cinco Picos se terá formado posteriormente a esta idade (Nunes, 2000b). O processo de formação da caldeira é controverso: enquanto que para alguns a depressão resulta de uma imponente caldeira de colapso, formada durante um período de intensa actividade explosiva (Serf,1974), para outros a depressão dos Cinco Picos tem origem num processo de rifting associado, provavelmente, à actividade do Rift da Terceira (Lloyd e Collis, 1981).

Serra do Cume - vista da Praia da Vitória
Serra da Ribeirinha - vista de Angra do Heroísmo



Referências:
1 - TeseDoutoramentoPauloCustodioPiresAntunes2009

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Faixa Vulcânica Fissural

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A Faixa Vulcânica Fissural é uma estrutura vulcânica, alongada, que se desenvolve ao longo de um eixo central da Terceira, desde a área da Serreta (a NW) às áreas de Porto Judeu-Fonte do Bastardo (a SE) recortando o interior de Guilherme Moniz, o sul de Pico Alto e o troço central da Caldeira da Serra do Cume. (ver)




Apresenta uma zona axial com cerca de 2 Km de largura, definida pela concentração dos centros emissores.





O segmento activo deste sistema vulcânico situa-se na região central da ilha, onde se observam diversos alinhamentos de orientação NW-SE a WNW-ESE definidos pela presença de falhas, fracturas e centros monogenéticos de natureza traquítica (s.l.) e/ou basáltica (s.l.).







Mistérios Negros - Domos traquíticos
Pico da Bagacina - Cone de escórias basálticas
Pico Gordo - Cone de escórias basálticas
Pico da Carreirinha - Cone de escórias basálticas
Pico Gaspar - Cone de escórias basálticas
Furnas do Enxofre - fumarolas





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Erupção de 1761 - vulcanismo fissural

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Nos últimos 20.000 anos, ocorreram mais de uma centena de erupções vulcânicas subaéreas na ilha Terceira, que ficaram registadas na sua paisagem. Tais erupções centraram-se nos vulcões de Santa Bárbara e do Pico Alto, ou ocorreram ao longo do sistema de fracturas que determina a Faixa Vulcânica Fissural. A história eruptiva deste sistema vulcânico tem sido dominada por erupções fissurais basálticas havaianas e estrombolianas. Nos últimos 10.000 anos ocorreram cerca de 12 erupções sendo a mais recente a erupção histórica de 1761.

Erupção 1761




A erupção de 1761 ficou conhecida como o "Vulcão dos Picos Gordos" mas, na realidade,  ocorreram duas erupções, praticamente coincidentes no tempo, mas completamente distintas. As erupções foram precedidas pelo enfraquecimento da actividade nas Furnas do Enxofre, e por uma crise sismica apartir de 22 de Novembro do ano anterior, quando começaram grandes terramotos que continuaram até 14 de Abril.




 

Mistérios Negros
Mistérios Negros


No dia 17 de Abril de 1761, ocorreu a primeira erupção no flanco Este do Vulcão de Santa Bárbara, e deu origem a 3 domas traquíticos de rocha negra irregular, de arestas vivas, conhecidos por Mistérios Negros.





Zona da 2ª Erupção
Pico Vermelho e Pico da Carreirinha
 Dias depois dessa primeira erupção, teve início uma segunda fase eruptiva um pouco mais para Leste, esta de natureza basáltica, no local do Mistério Velho, dando origem a vários cones de escórias, como o Pico Vermelho e o Pico do Fogo, e tendo-se desenvolvido três escoadas lávicas: a primeira rumo a oriente, com paragem num local designado de Chama; a segunda dirigiu-se para Ocidente, lançando uma propagação para Norte até ao Tamujal; e a terceira, a superior, deslocou-se para Norte, dividindo-se posteriormente em duas, uma das quais estagnou no Vimeiro e a outra foi dar ao Juncalinho, chegando mesmo a invadir os Biscoitos e a destruir algumas casas. Os cones de escórias resultantes desta erupção encontram-se desmantelados devido à extracção de inertes.


"(...) ali fez nova explosão em 21 de Abril, na distancia de uma légua do lugar dos Biscoitos, na ocasião, em que o povo ia em procissão com a coroa do Espírito Santo para o lugar do fogo...
A freguesia dos Biscoitos ficou deserta; porque todos abandonaram as suas casas, levando consigo o que puderam, e os párocos mudaram o Santíssimo Sacramento para a Igreja das Quatro Ribeiras.(...)
Ninguém pereceu; porque todos tiveram tempo de se porem a salvo. A corrente das lavas era assaz tranquila de forma, que, segundo ouvi contar às pessoas daquele tempo, andando o povo em procissão ao dela acontecia acenderem nelas as tochas, quando se apagavam. Nos primeiros tempos a água das fontes daqueles sítios junto ao mar tinha um ardor como o da malagueta»." 


Referências:
Francisco Ferreira Drummond, Anais da Ilha Terceira, vol. II, Angra do Heroísmo, 1856, pp. 288–290.





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Pico Gaspar - vulcanismo estromboliano

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O Pico Gaspar situa-se na zona centro-oeste da ilha Terceira, nas proximidades da Lagoa do Negro e da Gruta do Natal.


Trata-se  de um tipo de actividade vulcânica que cessa após um único período eruptivo (monogenética).


De tipo eruptivo estromboliano ( moderadamente explosivo, caracterizado por explosões discretas e intermitentes e em que a coluna eruptiva não ultrapassa os 500 m de altura) apresenta um cone de escórias basálticas soldadas de 597 m de altitude acima do nível do mar, e atribuiu-se-lhe uma idade aproximada de 1200 anos D.C.
 
 
O interior da caldeira reveste-se de uma vasta flora natural, onde se podem observar  espécies endémicas tais como:
"Juniperus brevifolia"-Cedro, Cedro-das-ilhas, Cedro-do-mato, Cedro-da-terra, Zimbro; 
"Ilex perado ssp. azorica" - Azevinho;
 "Euphorbia stygiana" -Trovisco-macho;
 "Cardamine caldeirarum" , entre outras. 
  
 

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As Ilhas efémeras

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Pico Faial,  Flores e Corvo.
....Graciosa....
...S.Jorge...
...Terceira...
S.Miguel e Sta Maria

É como me lembro de ter aprendido na escola o nome das 9 ilhas dos Açores. Não sei se a cadência foi criada por mim, talvez lhe tenha dado um tom musical para ser mais fácil de decorar,  mas não é muito elucidativa da localização das ilhas nos grupos.
Isto já foi há alguns anos...mas se mais alguns fossem, e teríamos de retroceder até 1811, teria aprendido que haviam 10 ilhas nos Açores. É verdade, e se percorrêssemos a escala do tempo, teríamos mais e/ou menos ilhas para contabilizar.


As Ilhas efémeras

Entre Janeiro e Fevereiro de 1811, começou a sentir-se uma crise sísmica que afectou as povoações do extremo sudoeste da ilha de São Miguel, com destaque para a freguesia dos Ginetes, com emissão de gases no mar, frente à Ponta da Ferraria. Em Maio e Junho daquele mesmo ano, a actividade sísmica manifestou-se de novo, fazendo ruir rochedos e arruinando muitas casas. A 10 de Junho de 1811,  a cerca 5 Km da costa, surgiu uma nova ilha, com cerca de 2 km de perímetro e que chegou a atingir perto de 100 metros de altura. Foi baptizada pelos locais de "Ginete", devido à proximidade com a freguesia com o mesmo nome.

Erupção da Ilha Sabrina - imagem daqui
Em 1811,  a Europa encontrava-se  a braços com as Invasões Francesas, a família real Portuguesa encontrava-se refugiada no Brasil, e os britânicos eram nossos aliados. E aconteceu que um navio britânico de nome HMS Sabrina, que possivelmente se encontrava em missão de patrulhamento na região dos Açores, avistou a recente ilha. O seu comandante resolveu reclamá-la para a coroa britânica, e lá desembarcou a 4 de Julho, hasteou a bandeira, declarou a soberania britânica e baptizou a nova ilha de Sabrina, tal como o nome do seu navio. Ora isto desencadeou um curto incidente diplomático entre os dois países, pois Portugal não estava em condições de grandes reclamações e dependia da ajuda da coroa britânica. Só que em Outubro de 1811, quatro meses depois de aparecer, a ilha Sabrina desapareceu, destruída pela erosão marinha, deixando um baixio na zona onde antes estivera o cone. Ficou assim resolvido o incidente, pois não se pode reclamar território que não existe.






Banco D. João de Castro no Google earth


O banco D. João de Castro é um aparelho vulcânico submarino que se localiza entre as ilhas Terceira e S. Miguel, nas coordenadas geográficas 38° 14' 0" N e 26° 38' 0" W. A sua última grande erupção ocorreu em Dezembro de 1720 e formou uma ilha sensivelmente circular, com cerca de 1,5 km de diâmetro e 250 metros de altura.  A erosão marinha depressa a reduziu consideravelmente, e em 1722  a ilha tinha desaparecido.






Ilhéus das Formigas - imagem daqui


Os Ilhéus das Formigas, formados essencialmente por escoadas de basalto interrompidas por veios calcários, têm idade aproximada da ilha de Santa Maria  (+/- 8 milhões de anos), a mais antiga dos Açores. São o que resta de um vulcão e do que,no passado, terá sido uma ilha.







Ilha do Corvo - imagem daqui

A Ilha do Corvo, a mais pequena dos Açores, corresponde a um vulcão que começou a emergir há cerca de 730 mil anos, e cujo cone central teria alcançado cerca de 1 000 metros de altitude.  O colapso da cratera terá ocorrido há 430 mil anos. Aliada à erosão marinha, a ilha enfrenta erosão provocada pelos ventos dominantes de nordeste e oeste, apresentando já um cenário em que a vertente oeste da caldeira se encontra em contacto directo com a arriba costeira. Assim, a ilha já terá tido maiores dimensões do que tem hoje e será uma questão de tempo até que desapareça.


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Graben das Lages

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Existem na região nordeste da ilha Terceira um par de falhas normais paralelas:
- uma a norte da Praia da Vitória que inclina para sul
- outra a sul das Fontinhas, mas que inclina para norte.




Graben das Lages - google earth
A chamada planície do Ramo Grande formou-se quando um extensa faixa de terreno situada entre essas duas falhas se afundou, gerando-se assim uma depressão tipo vale mas de fundo plano com origem tectónica, designada em geologia por Graben. 

Denomina-se Graben das Lages porque no seu centro se localiza a Vila das Lages.

Este graben é tectónicamente activo, estando em progressivo afundamento e inclinando-se para SE, o que determina poderosos sismos, como os ocorridos em 1614 e 1841.







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Vulcão Guilherme Moniz - vulcão poligenético

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 Localiza-se na região centro-meridional, na Serra do Morião também referida como Serra da Nasce Água.

Caldeira Guilherme Moniz


Este vulcão poligenético ( tipo de vulcão onde poderão ocorrer diversos períodos eruptivos intercalados por outros de acalmia), de morfologia suavizada  é encimado por uma caldeira de paredes abruptas de dimensões da ordem de 4 km por 2,5 km, que se apresenta desmantelada nos bordos Norte e Este.

O Vulcão Guilherme Moniz ter-se-á desenvolvido com a formação inicial de um imponente vulcão em escudo (expelem enormes quantidades de lava que gradualmente constroem uma montanha larga com o perfil de um escudo. As escoadas lávicas destes vulcões são geralmente muito quentes e fluídas). Durante esta fase de formação, o Vulcão dos Cinco Picos já se encontraria na sua fase final de actividade. Posteriormente, o Vulcão Guilherme Moniz terá evoluído para um aparelho de carácter mais explosivo, culminando com a  formação da sua caldeira de colapso, que terá ocorrido à menos de cerca de 180 000 anos.


Esta caldeira, de nome  "Caldeira de Guilherme Moniz", é possivelmente o maior reservatório de água de toda a ilha, dado que aqui se encontrava uma lagoa, coberta pela erupção do vulcão que deu origem ao Algar do Carvão, que lhe aprisionou as águas debaixo das escoadas lávicas. Dos seu bordos brotam algumas nascentes de grande caudal como é caso da Furna de Água. 
A Caldeira de Guilherme Moniz  é uma Área Protegida de Gestão de Recursos do Parque Natural da Terceira, e caracteriza-se pela presença de espécies e de habitats naturais protegidos, nomeadamente matos macaronésicos e turfeiras, que asseguram a recarga dos principais aquíferos do complexo vulcânico de Guilherme Moniz.

Observam-se alguns cones de escórias, uma zona de fumarolas (Furnas do Enxofre) e  lavas oriundas do Pico do Algar do Carvão.

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A Erupção Submarina da Serreta (1998-2001) - Vulcanismo Serretiano

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25 e 30 de Novembro de 1998 - regista-se  um conjunto de fenómenos sísmicos com uma frequência acima do normal, embora imperceptíveis para a população. De acordo com os sismógrafos da região, foram registados mais de 150 microssismos.

18 de Dezembro de 1998fazem-se ouvir os primeiros relatos dos pescadores, segundo os quais emanações de gases vulcânicos estariam a subir do fundo oceânico.

22 de Dezembro de 1998 - confirma-se a erupção.

Foto 1
 Balões de lava flutuando à superfície
Foto 2
Bloco de lava que sobe para a superfície por ser oco

Foto 3
Balão de lava
Liberta uma fumarola branca,
 provocada pelo choque de temperaturas


Foto 4
Bloco de Lava
Radiotelevisão Portuguesa (Abril 1999)
URL: <http://www.rtp.pt>
Foto 5
Bloco de Lava com 80 cm diâmetro máximo
 recolhido a 10 Fevereiro de 1999
 (CVAR Universidade dos Açores)

Foto 6
Balão de Lava a flutuar libertando gás.
Cortesia do CVAR - Univ.Açores
Foto 7
Vista aérea do local da Erupção
Foto de Helicóptero de João Gaspar
CVAR - Univ. Açores



VULCANISMO SERRETIANO

O Vulcão Submarino da Serreta foi uma importante erupção vulcânica situada no mar a noroeste da ponta da Serreta, ilha Terceira. A erupção submarina iniciou-se nos finais de 1998, a cerca de 300 a 600 metros de profundidade, e  prolongou-se até meados de Março de 2000. A profundidade a que estava o topo da chaminé do vulcão, e devido á pressão da água, impedia que se verificassem os habituais fenómenos eruptivos tipicos dos vulcões submarinos pouco profundos, como os jactos de piroclastos e lava, colunas de vapor e algumas explosões. No entanto, subiam para a superfície blocos de lava ocos.Alguns desses blocos bastante escuros, eram enormes,  e apareciam quando menos se esperava, silenciosamente. Tais blocos estão a ser designados por balões de lava. Os balões ascendiam à superfície e flutuavam durante alguns minutos libertando o gás que estava no seu interior. O arrefecimento dos balões, no seu contacto com a água do mar, levava à formação de uma coluna de fumo branco. A ocorrência de um fenómeno com estas características nunca fora anteriormente descrito pelos cientistas, pelo que vários geólogos portugueses propuseram que se passe a chamar às erupções submarinas, basálticas, relativamente profundas e onde se formem balões de lava como tendo Actividade Eruptiva do Tipo Serretiano (Serretyan activity).


Foto 8 - Esquema de formação dos Balões de Lava, desenho de (Forjaz, et al., 2000)


Origem das Fotos:
Foto 1,2 e 3 - http://serreta-creminer.fc.ul.pt/index3ced.html?sectionid=3&menuid=3
Fotos 4,5,6 e 7 - http://www.volcano.si.edu/world/volcano.cfm?vnum=1802-05=&volpage=var#bgvn_2401
Foto 8 - http://geocrusoe.blogspot.com/2009/02/tipos-de-actividade-vulcanica-submarina.html

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