Ermida da Boa Nova

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A denominação de Capela ou Ermida da Boa Nova está ligada à rendição espanhola, no contexto da Guerra da Restauração Portuguesa, pois foi dali que, a 24 de Agosto de 1642, saiu a "boa nova" que se espalhou por toda a ilha. Segundo o historiador Dr. Alfredo da Silva Sampaio, foi daquele local que o povo, que rodeava a ermida, viu a bandeira branca içada no mastro da fortaleza, soltando-se então de imediato o grito de boa nova, expressão que passou a denominar o local e a ermida.  

A data provável da construção da capela ou Ermida de Nossa Senhora do Terço é 1584, anterior  à construção do hospital real ou militar, que lhe está adjacente, e que terá sido construído em 1615, durante o reinado de D. Filipe II,  para atendimento da guarnição castelhana na ilha, nomeadamente da guarnição da Fortaleza de São João Baptista.
Em 1641, realiza-se aqui a conferência de paz  entre os terceirenses e os castelhanos, a fim de que estes entregassem o castelo, o que acabaria por acontecer. 

Em 1654, aqui esteve e pregou o padre António Vieira.

Por várias vezes profanada e consagrada, aqui funcionou uma confraria,  a primeira tipografia dos Açores, deram-se aulas de Filosofia e Retórica durante o período da Regência, serviu de arrecadação militar até que  por fim foi classificada Imóvel de Interesse Público por inclusão na Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo.

Por fim, este ano foi finalmente assinado o contrato de empreitada de remodelação e ampliação do antigo Hospital da Boa Nova, em Angra do Heroísmo, com vista à instalação do Núcleo Museológico de História Militar Baptista de Lima, do Museu de Angra do Heroísmo.

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