Palácio Bettencourt

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Classificado como Imóvel de Interesse Público pela Resolução n.º 28/80, de 29 de Abril, classificação consumida por inclusão no conjunto classificado da Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo, conforme a Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, e artigo 10.º e alínea a) do artigo 57.º do Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto.


Localizado na freguesia da Sé, mesmo nas traseiras da Sé Catedral, o Palácio Bettencourt é uma construção do fim do séc. XVII, principio do séc XVIII, de sóbrio estilo barroco.



Na fachada principal pode-se admirar um rico portal lavrado em cantaria da região, flanqueado por duas colunas salomónicas e encimado por uma ampla cartela de pedra filigranada, que serve de moldura á pedra de armas dos Bettencourt.







O edifício ergue-se em dois pavimentos, o rés-do-chão e o andar nobre, sendo integrado ainda por uma torre de planta quadrangular voltada ao Sul.




No espaçoso átrio da entrada, deparamos-nos com diversos painéis de azulejos que foram colocados em meados do século XX, anos após a ampliação e restauro do Palácio, e que são execução da Faiança Battistini de Maria de Portugal. 




Baía da Salga.
Castelo de S.João Baptista
Aclamação de D.João IV
 na Vila da Praia 
dia 24 de Março de 1641


Aclamação de D. João IV 
frente à Câmara de Angra, 
em 27 de Março de 1641.
Chegada da Armada
 de Vasco da Gama 
a Angra em 1499.










Neles se evocam cenas da História de Portugal ocorridas na ilha Terceira, entre as quais a chegada da Armada de Vasco da Gama a Angra.



De ambos os lados do átrio, encontram-se duas belas salas. A do lado esquerdo possui mobiliário e estantes em madeiras do Brasil, e toda a área aproveitável das paredes é inteiramente recoberta de estantes. Os tetos do átrio e das duas salas são de cedro do mato da Terceira e ricas madeiras africanas, ostentando as duas últimas os brasões da cidade de Angra e da família Bettencourt.

  


Além do átrio também os lanços de escadaria que nos leva ao andar nobre estão franqueados de belos painéis de azulejo.











Aqui residiu, entre 1820 e 1821, Francisco António de Araújo e Azevedo, sétimo Capitão-general dos Açores e último do Regime Absolutista.
O edifício foi mandado restaurar, em meados do séc XX, e actualmente alberga a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo com mais de meio milhão de diferentes títulos e cerca de dois milhões de manuscritos e o Depósito Legal dos Açores.



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