Angra - 50 anos de evolução Urbana (1450 a 1500)

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As datas e o modo do inicio do povoamento de Angra, encontram-se envoltos em polémicas e incertezas. Porém, existe um consenso geral: a importância da sua baía como um porto natural associada a um curso de água doce corrente: a ribeira.

Segundo as crónicas, o povoado de Angra terá sido iniciado por alguns dos primeiros colonos que desembarcaram nas Quatro Ribeiras (ver) mas que viajaram para sul.
“(…) mas não curaram os descobridores de viver ali (Quatro Ribeiras) por ser terra muito fragosa e de ruim porto e, rodeando a terra pela costa, acharam outro melhor em uma angra mui fermosa da parte do sul, onde começaram a fazer outra povoação de pobres casas de pedra e barro, cobertas de uma erva chamada carrega, que nasce nas grotas e ribeiras, por ainda então não haver palha, nem trigo, nem telha,(…) “ 
FRUTUOSO, Gaspar, 1522-1591-Saudades da terra- livro VI

O padre António Cordeiro, cronista que viveu em Angra até 1656, na sua História Insulana diz:
“(…) & pela banda do Norte no pofto chamado Quatro Ribeiras, então dos que alli ficàraõ, paftiárão alguns; quatro legoas abayxo para o Sul, &  derão na bahia que acharão junta ao monte do Brafil, & alli fizerão fua tal, ou qual povoaçaõ, &  lhe chamaraõ Angra(…)”.




No lugar de Angra terá sido erigido, por volta de 1451, um altar a São Salvador pelo que para alguns a povoação começar-se-ia a chamar de São Salvador de Angra.

Começaram-se então a desbravar os terrenos em redor do povoado, a abrir caminhos de acesso aos outros povoados e ao interior da ilha, a construir o primitivo porto para acesso das embarcações.

Mais uma vez são as crónicas as únicas fontes disponíveis para se tentar desvendar, do ponto de vista cronológico, a chegada dos chamados povoadores da primeira vaga, ou seja, do período compreendido entre 1451 (data provável para o inicio do povoamento da Terceira) e 1474 (data da divisão da ilha em duas capitanias).

Aponta-se para que o primeiro nobre a instalar-se em Angra, logo no inicio da década de 1450, terá sido Álvaro Vaz Merens.(ver)  Além de grandes porções de terrenos, este recebeu como dada os terrenos que compunham o alto sobre o povoado de Angra. Neste alto, o seu filho João Vaz Merens construiu a sua residência, as "casas nobres" e fundou uma ermida sob a invocação de Santa Luzia de Siracusa o que mais tarde levou a que se chamasse a este local de Alto de Santa Luzia.

Em 1456 chegam os primeiros frades franciscanos.

No final de 1461, chega à ilha Álvaro Martins Homem, navegador português e fidalgo da casa do Infante D. Fernando, que se instala em Angra. Procedeu ao desvio e encanamento da ribeira de Angra e à construção de uma rede de moinhos para moagem do trigo que era fértil na ilha e dos quais tem o monopólio. Segundo a história local terá escolhido para sua residência o local onde mais tarde surge a Casa do Capitão. Também lhe é atribuído o inicio da construção de um ponto de defesa e abrigo na acrópole junto aos moinhos que mandara construir, e que mais tarde viria a ser o Castelo de São Luis, mais conhecido por Castelo dos Moinhos, onde hoje se encontra o obelisco do Alto da Memória.

É também em 1461 que se dá inicio à construção da primitiva Ermida de Nossa Senhora da Conceição.

Outro fidalgo que terá chegado a Angra por esta altura é Affonso Gonçalvez de Antona Baldaia “ o Velho de S. Francisco”, navegador e Chefe dos Copeiros do Infante D. Henrique. Instala-se em Angra nuns terrenos próximos ao outeiro e funda uma pequena capela com a invocação de Nossa Senhora da Guia.
Nestes terrenos, os franciscanos constroem em 1470 um modesto convento,  e a capela passa a servir de igreja conventual. Mais tarde, com a partida de Baldaia para a Praia com Martins Homem em 1475, este doa os terrenos, a casa e a capela aos franciscanos, para que lhes servisse de convento.

Também por esta altura se iniciam as obras do Cais da Alfândega e da igreja "nova" de São Salvador.




Após 1474, ano da divisão da ilha em duas capitanias, chega a Angra o seu 1º capitão do donatário,  João Vaz Corte Real.  Corte Real indemniza Álvaro Martins Homem, agora capitão do donatário da Praia "pelas muitas obras que ali tinha feito e pelo prejuízo em que ficava"(ver).

É entre os anos de 1474 e 1478, que se aponta para a elevação de Angra a Vila.

Este período 1474 a 1479 coincide com as guerras com Castela que terminam no Tratado de Alcáçovas que, entre outras coisas, assegura o domínio português das suas ilhas no Atlântico onde se incluía naturalmente os Açores. 
D. Beatriz envia à Terceira Pero Annes Rebello como provedor das fortificações. Este terá aconselhado, após observar a costa, muralhar a Praia e fazer/remodelar em Angra o Castelo de S. Luis. (Como já vimos a construção do Castelo é também atribuída a  Álvaro Martins Homem).

Nesta época, segundo testemunhos, a população da ilha era muito reduzida,
“(…) no princípio da povoação da ilha Terceira não haver mais que duas povoações de muito pouca gente, uma na banda da Praia, onde se chama o Paúl de Beljardim, (…), e outra, onde agora é a cidade de Angra (…). Eram tão poucos os moradores em toda a ilha naquele tempo, que um quarto de azeite abastava um ano a toda a gente dela, aonde não iam passagens senão no verão, uma até duas, as quais levavam muito pouca mercadoria, por não haver quem a gastasse na terra, mas traziam gente que a ia povoando; (…)”.
mas com o tempo, 
"(...) A sua grande representação, e a de seu colega, o dito Álvaro Martins Homem, atraíram à ilha muitas pessoas nobres, que se transportaram do Reino, ilha da Madeira, e ainda de países estrangeiros.A estes se deram terras de sesmaria, e foi tal o progresso da agricultura, e aumento da povoação, que admirou. Em consequência do que logo foram habitados todos os lugares de beira-mar e fundadas a maior parte das igrejas paroquiais.(...)"FRUTUOSO, Gaspar, 1522-1591-Saudades da terra- livro VI

Em 1480 terá ficado concluída a Ermida de S. Pedro Gonçalves dos Mareantes, posteriormente conhecida por ermida de N. Sra da Boa Viagem ou Ermida do Corpo Santo, no alto da rocha do Cantagalo.

Apartir daqui começam a surgir as grandes obras patrocinadas pelo capitão do donatário: 

- a conclusão da Igreja de São Salvador,  cujo primeiro vigário Frei Luis Annes, foi nomeado em 1486;

- a Casa da Alfandega  (Real Casaria d'Alfandega), concluída em 1487;

- a Capela Mor do Convento de São Francisco,  feita às suas custas, se bem que o capitão terá auxiliado eficazmente os religiosos Franciscanos, na edificação do convento e respectivo templo;

- a fundação do Hospital do Santo Espírito e da Capela com a mesma invocação.  Por compromisso da Confraria do Santo Espírito, foi criado por alvará de Março de 1492, sendo o primeiro hospital da ilha e do arquipélago, muito importante na prestação de assistência às tripulações Nesta altura já se celebrava o culto do Espirito Santo no dia de Pentecostes.  À porta da capela, celebrava-se a missa do Espírito Santo, “coroação” e bodo; (ver)

- o Castelo dos Moinhos que ficaria concluído em  1495 data em que João Vaz Corte Real se torna Alcaide Mor do Castelo;

a construção da primitiva Igreja da Misericórdia, no local da antiga capela do Espírito Santo, após o Compromisso da Irmandade da Misericórdia de Angra do Heroísmo em 1495, da Casa da Irmandade e de um Hospital, na Rua Direita;

- a Casa do Capitão, obra a que muitos atribuem a Álvaro Martins Homem, e que viria a chamar-se "Solar dos Corte Real"com sua torre de arquitectura gótica-mourisca. Mais terde ficaria conhecida por "Casas do Marquês";

- o completo encanamento da Ribeira dos Moinhos, obra iniciada por Álvaro Martins Homem, que tinha entretanto sido dividida em dois ramais, um para fazer trabalhar os moinhos e outro canalizado para abastecer de água a população.


No vale onde corria o curso natural da ribeira, em tempo de chuva e com as enchentes, formava-se uma lagoa ladeada de árvores de grande porte. O local foi drenado e a madeira aproveitada para as construções.
“(…) Denotarão serem compostos de hu emundice occazionada dos enchentes das ribeiras que provinhâo dos altos da Cidade, e que atulharam aquelle cham, que em algum tempo fora vale, e tanto assim que he tradição antiga, que o lugar em que hoie existe a Praça d Angra contiguo com o Colegio (Jesuitas) ara alagoa, e seos orodores pouoados de altas e grossas madeiras  (…)”."Fenix Angrense" - Padre Manuel Maldonado

É neste local que surge a Praça, local de comércio e justiça, com um Chafariz, um Pelourinho e o edifício do Senado da Câmara de Angra.





Começa assim a ocupação da "baixa", com o surgir da Rua Direita ou Rua de Lisboacom uma largura média de 10 metros (medida excepcional para a época) e que se estende por 200 metros. (1000 palmos), ligando a Praça ao Cais.

A Rua da Sé surge paralela ao mar, ligando a Igreja de São Salvador à Praça, tornando-se o eixo longitudinal da urbe.

O donatário João Vaz Corte Real faleceu no ano de 1496, e jaz sepultado na capela-mor do mosteiro de São Francisco, com sua mulher D. Maria de Abarca. 
Sucedeu-lhe seu filho Vasco Anes Corte Real, que (...)"Não consta que habitasse algum dia na Terceira; nem também que por estar na corte lhe promovesse o mais insignificante benefício: antes governou a capitania por ouvidores de sua nomeação"(...)."Anais da Ilha Terceira" -  Tomo I  por Francisco Ferreira Drummond


Fontes:

Instituto Histórico da Ilha Terceira

Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo - Bparah


SIPA – Sistema de Informação para o Património Arquitetónico

"Historia insulana das ilhas a Portugal sugeytas no Oceano occidental" do Padre  Antonio Cordeiro


"Anais da Ilha Terceira" -  Tomo I  por Francisco Ferreira Drummond


"Saudades da Terra" Volume VI - Dr Gaspar Frutuoso

"Açores - Cidade e Território" - Antonieta Reis Leite 


 "Angra do Heroismo - Ilha Terceira (Açores) . os seus titulos, edificios e establecimentos públicos"  Felix José Costa


"Linschoten Vision of Angra - Azores" - Humberto Oliveira


"Topographia ou descripção physica, politica, civil, ecclesiastica e historica da Ilha Terceira dos Açores" - Jerónimo Emiliano d'Andrade

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Castelo dos Moinhos

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O Castelo de S.Luis, de S. Cristóvão, dos Moinhos


O cimo do outeiro, um local estrategicamente privilegiado, terá sido escolhido como espaço de abrigo e de vigia. A data do inicio das obras do castelo não é conhecida no entanto, sabe-se que D. Beatriz terá enviado à ilha Pedro Annes Rebello como provedor das fortificações por volta do ano da divisão da ilha em duas capitanias ou seja 1474. Em resultado desta visita ter-se-á decidido fazer o castelo de Angra garantindo a defesa dos seus moradores e "(...) deixando-se a costa aberta ao inimigo por falta de gente e de outros meios(...)" DRUMMOND, Francisco Ferreira - Anais da Ilha Terceira - Vol.I.

O castelo nos primeiros anos da sua fundação, além das funções de guarnição de tropas e de defesa, terá servido como habitação do capitão, câmara e tribunal, por falta de outras instalações.

Do Castelo dos Moinhos, o que se sabe em concreto é que estaria concluído em 1495, data em que por carta de 19 de maio, o Rei D. Manuel que, na altura como Duque de Viseu exercia o Grão-mestrado da ordem de Cristo, nomeou como seu Alcaide mor, João Vaz Corte Real.

Nos finais do séc XVI, o castelo teria sido renovado e fortificado e possivelmente terá sido desta altura a construção do quinto baluarte mais baixo e mais largo que os quatro outros já existentes.

"(...) Está esta cidade situada ao modo circular, quase redonda, em um baixo vale e nos outeiros que a cercam, em um dos quais, mais alto da banda do norte, está como amparo dela um forte castelo com munições e artilharia, novamente renovado e provido, sendo dantes mais fraco, edificado somente pera recolhimento e defensão dos moradores dela no tempo das guerras de Portugal com Castela,(...)"
DRUMMOND, Francisco Ferreira - Anais da Ilha Terceira - Vol.I.

Com o tempo, e com a construção de outras fortificações o castelo vai perdendo importância e deixado ao abandono.
"(...) tempo foi veloz passando sua mão destruidora sobre estas pedras historicas, e o castello com vida de seculos decahio da sua primitiva construcção, assim como a sua caza de abobada, no cimo da qual estava uma pedra em forma de celindro, de sessenta polegadas de altura, que continha uma inscripção. Ainda assim já pouco fortificado elle servio na epoca da restauração de D. João IV. O cavalheiro Francisco de Carvalhal Borges aqui fez ponto de guarnição, e defeza contra os hespanhoes. Pelo terceiro quartel do seculo 17 chamava-se castello de S. Christovão, (...). Talvez se derivasse este nome do de D. Christovão de Moura, marquez de castello-Rodrigo, successor do 1.° donatario, e cujas armas foram insculpidas em uma columna na mesma fortaleza, quando'se ratificaram os seus muros. E' certo porem que depois outros documentos, e entre'estes a carta regia d'EI-Rel D. João VI de 8 de Janeiro de 1819 lhe chamou o forte de S. Luiz, titulo com que este velho castello cessou de existir, quando no dia 3 de março de 1845 o secretario da camara d'Angra disse em alta voz perante o inumeravel concurso que ali se reunio : «O sitio do antigo Castello de S. Luiz será d'ora em diante denominado — PRAÇA DE D. PEDRO iv. »
COSTA, Felix José - 1867 - ANGRA DO HEROÍSMO - ILHA TERCEIRA (AÇORES) - OS SEUS TITULOS,EDIFICIOS E ESTAEBELECIMENTOS PUBLICOS

Castelo dos Moinhos
detalhe da gravura de
 Jan Huygen van Linschoten



Em 1845 dá-se pois inicio à construção, no mesmo local, do monumento evocativo da passagem de D. Pedro IV pela Terceira, o Alto da Memória, e perdem-se os vestígios do castelo se bem que ainda não foi feita nenhuma investigação arqueológica ao local. A única imagem existente do castelo dos moinhos é a da imagem de Linschoten de 1595, onde aparece um castelo em forma quadrangular, típica dos castelos da época.








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Ribeira dos Moinhos

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A Ribeira de Angra ou Ribeira dos Moinhos



A ribeira de Angra começa na encosta sul da serra do Morião, mais propriamente no lugar da “Nasce Água”, local onde se reúnem os vários regatos que lhe dão origem.

Possivel Curso da Ribeira no inicio do povoamento

No inicio do povoamento, o curso da ribeira seguia, apartir da nascente, correndo para sul até ao Terreiro S. João de Deus. Segundo Humberto Oliveira, a ribeira seguia então pelas Ruas Frei João Estácio (vulgarmente designado por Caminho Fundo), Pereira, Miragaia, Marquês, Praça, onde se formava um lago ou paul, a partir de aqui, entre as Ruas Direita e Santo Espírito, pelos logradouros das habitações. 


O Padre Manuel Maldonado na Fenix Angrense e a propósito da construção da igreja do Colégio dos Jesuitas em 1637, referindo-se aos terrenos diz:
“(…) Denotarão serem compostos de hu emundice occazionadados enchentes das ribeiras que provinhâo dos altos da Cidade, e que atulharam aquelle cham, que em algum tempo fora vale, e tanto assim que he tradição antiga, que o lugar em que hoie existe a Praça d Angra contiguo com o Colegio ara alagoa, e seos orodores pouoados de altas e grossas madeiras (…)”.

Com a chegada a Angra de Álvaro Martins Homem em 1461, as águas foram desviadas e canalizadas para um leito artificial de pedra lavrada.
A ribeira  terá sido dividida em dois ramais um para fazer mover os moinhos que Álvaro Martins Homem mandou construir e outro para abastecer de água a população.

Gaspar Frutuoso em Saudades da Terra:“(…) pelo meio desta cidade corre outra grossa ribeira de água, a qual vem ter ao porto, com que se regam muitos jardins que nela há e moem doze moinhos dentro, na cidade, que são serventia de toda esta parte do sul, a qual ribeira procede de várias fontes, que estão quase uma légua da cidade contra uma grande serra, e ao pé dela mesma nasce outra fonte, de muita cópia de água, com arca fechada, da qual por canos vem ter à cidade e se reparte por quatro principais chafarizes, afora outro que sai junto do cais, donde se provêem todos os navegantes e armadas; e, além disso, se reparte por todos os mosteiros e algumas casas principais, com que fica a cidade muito fresca e abundante; de modo que são por todos doze chafarizes.(…)” 
FRUTUOSO, Gaspar, 1522-1591-Saudades da terra- livro VI

Percurso da Ribeira em 1595


Segundo Humberto Oliveira, apartir do Terreiro de S. João de Deus, a ribeira começa a passar pelas Ruas de S. João de Deus, Pisão, Frei Diogo das Chagas, Ladeira de S. Francisco, seguindo entre as Ruas de Santo Espírito e Direita, indo por fim desaguar a seguir ao caís da cidade. 




Dos poucos locais onde se encontram
vestígios da Ribeira dos Moinhos

No entanto, o seu caudal não terá sido totalmente "domesticado" seguindo o seu curso  pela parte baixa da futura cidade até desaguar no mar. Com efeito no séc. XVII, as águas da ribeira ainda "lavavam" as ruas de Angra.

"(...)Detraz defte edificio (Paços do Senado da Camera) vay hum pequeno campo ladeyrento, por parte do qual defce huma boa ribeyra, que vay lavando as cadeas, e por baixo da praça em abobada paffa o entremeyo da rua direyta e Santo Efpirito, e vay defpejar ao mar.(...)"
"(...) com tanta abundancia de agua,  que quando a Cidade quer, faz vir tal ribeyra della, que entrando nas largas ruas, por as calçadas dellas corre entre os ladrilhos, deyxando-os feccos (...)"MALDONADO, Manuel Luis - Fenix Angrense - Vol. III








O tanque do Preto no Jardim Duque da Terceira
fazia parte do sistema de abastecimento de água
ao convento de São Francisco


Ficaria conhecida por Ribeira dos Moinhos, por alimentar os moinhos existentes ao longo do seu trajecto.

Muitos deles ainda existiam na década de 50 do século XX. 

Hoje, a ribeira dos moinhos após ter sido novamente desviada fazendo quase o seu trajecto inicial, foi canalizada em tubagem de ferro. Ao longo dela foram construídas mini hídricas e desapareceram todos os moinhos movidos pelas suas águas.

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