Forte do Negrito

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As Ilhas efémeras

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Pico Faial,  Flores e Corvo.
....Graciosa....
...S.Jorge...
...Terceira...
S.Miguel e Sta Maria

É como me lembro de ter aprendido na escola o nome das 9 ilhas dos Açores. Não sei se a cadência foi criada por mim, talvez lhe tenha dado um tom musical para ser mais fácil de decorar,  mas não é muito elucidativa da localização das ilhas nos grupos.
Isto já foi há alguns anos...mas se mais alguns fossem, e teríamos de retroceder até 1811, teria aprendido que haviam 10 ilhas nos Açores. É verdade, e se percorrêssemos a escala do tempo, teríamos mais e/ou menos ilhas para contabilizar.


As Ilhas efémeras

Entre Janeiro e Fevereiro de 1811, começou a sentir-se uma crise sísmica que afectou as povoações do extremo sudoeste da ilha de São Miguel, com destaque para a freguesia dos Ginetes, com emissão de gases no mar, frente à Ponta da Ferraria. Em Maio e Junho daquele mesmo ano, a actividade sísmica manifestou-se de novo, fazendo ruir rochedos e arruinando muitas casas. A 10 de Junho de 1811,  a cerca 5 Km da costa, surgiu uma nova ilha, com cerca de 2 km de perímetro e que chegou a atingir perto de 100 metros de altura. Foi baptizada pelos locais de "Ginete", devido à proximidade com a freguesia com o mesmo nome.

Erupção da Ilha Sabrina - imagem daqui
Em 1811,  a Europa encontrava-se  a braços com as Invasões Francesas, a família real Portuguesa encontrava-se refugiada no Brasil, e os britânicos eram nossos aliados. E aconteceu que um navio britânico de nome HMS Sabrina, que possivelmente se encontrava em missão de patrulhamento na região dos Açores, avistou a recente ilha. O seu comandante resolveu reclamá-la para a coroa britânica, e lá desembarcou a 4 de Julho, hasteou a bandeira, declarou a soberania britânica e baptizou a nova ilha de Sabrina, tal como o nome do seu navio. Ora isto desencadeou um curto incidente diplomático entre os dois países, pois Portugal não estava em condições de grandes reclamações e dependia da ajuda da coroa britânica. Só que em Outubro de 1811, quatro meses depois de aparecer, a ilha Sabrina desapareceu, destruída pela erosão marinha, deixando um baixio na zona onde antes estivera o cone. Ficou assim resolvido o incidente, pois não se pode reclamar território que não existe.






Banco D. João de Castro no Google earth


O banco D. João de Castro é um aparelho vulcânico submarino que se localiza entre as ilhas Terceira e S. Miguel, nas coordenadas geográficas 38° 14' 0" N e 26° 38' 0" W. A sua última grande erupção ocorreu em Dezembro de 1720 e formou uma ilha sensivelmente circular, com cerca de 1,5 km de diâmetro e 250 metros de altura.  A erosão marinha depressa a reduziu consideravelmente, e em 1722  a ilha tinha desaparecido.






Ilhéus das Formigas - imagem daqui


Os Ilhéus das Formigas, formados essencialmente por escoadas de basalto interrompidas por veios calcários, têm idade aproximada da ilha de Santa Maria  (+/- 8 milhões de anos), a mais antiga dos Açores. São o que resta de um vulcão e do que,no passado, terá sido uma ilha.







Ilha do Corvo - imagem daqui

A Ilha do Corvo, a mais pequena dos Açores, corresponde a um vulcão que começou a emergir há cerca de 730 mil anos, e cujo cone central teria alcançado cerca de 1 000 metros de altitude.  O colapso da cratera terá ocorrido há 430 mil anos. Aliada à erosão marinha, a ilha enfrenta erosão provocada pelos ventos dominantes de nordeste e oeste, apresentando já um cenário em que a vertente oeste da caldeira se encontra em contacto directo com a arriba costeira. Assim, a ilha já terá tido maiores dimensões do que tem hoje e será uma questão de tempo até que desapareça.


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Outeiro da Memória ou Alto da Memória

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É uma construção no mínimo sui generis. Trata-se de um obelisco erigido no século XIX em homenagem à passagem de Pedro IV de Portugal pela Terceira, no contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834).


Encontra-se situado no alto de um outeiro e aqui terá sido construído a partir de 1474, o Castelo dos Moinhos.


Em 1839 o imóvel foi doado à Câmara Municipal de Angra a qual ambicionava ali instalar um Passeio Público, pelo que em 1844 iniciou-se a demolição dos antigos muros.

A cerimónia do lançamento da primeira pedra ocorreu no dia 3 de Março de 1845, aniversário da chegada de D. Pedro IV à ilha Terceira. 



A festa foi solene e preparada com todo o rigor:

Pela madrugada, rompeu uma salva de artilharia no Castelo, o repicar dos sinos em todas as igrejas e foguetes em vários locais da cidade. 
As cerimónias oficiais iniciaram-se na Câmara Municipal, onde se formou o Regimento de Infantaria 5, que tocou o Hino de D. Pedro. 
Organizou-se um grandioso cortejo que subiu a Rua da Sé até ao Alto das Covas, entrou na Rua do Rego, Miragaia e Pereira até ao local da cerimónia onde estava formada uma guarda de honra,  e onde foi colocado o retrato de D. Pedro.
No meio do largo estava colocada uma mesa, coberta com a colcha que “serviu no leito do excelso Príncipe” e onde foi colocada a pedra fundamental do monumento, a mesma que o monarca primeiramente pisou, em igual dia e mês em 1832, ao desembarcar no cais de Angra.

Depois de vários discursos, colocou-se no fundo do alicerce um cofre de bronze fabricado na Terceira a partir da fundição de moedas que tinham sido feitas com o bronze dos sinos da ilha, em 1829, onde se lançaram várias moedas da época e o pergaminho com a seguinte inscrição: 

“ A D. Pedro, o Grande, Duque de Bragança: a Câmara de Angra do Heroísmo em nome dos povos do Districto, em testemunho de gratidão e saudade; 3 de Março de 1845”. 

O cofre de bronze foi fechado e a chave entregue à Câmara e, por sua vez, encerrado dentro de outro feito de cedro. Na Câmara Municipal e na Torre do Tombo foram depositadas cópias do pergaminho. 
A pedra fundamental foi retirada da mesa, colocada numa bandeja e conduzida até ao alicerce e à uma hora em ponto, hora em que D. Pedro desembarcou, assentou-se a pedra fundamental, ao toque do hino de D. Pedro. 
A cerimónia encerrou com três vivas à “saudosa memória de D. Pedro”. 
Subiram foguetes no ar, os sinos repicaram, o regimento de infantaria e o castelo de S. João Baptista deram salvas e os marinheiros dos catorze navios ancorados no porto deram vivas à liberdade. 
Lançadas as flores sobre a pedra fundamental, o cortejo voltou à Praça da Restauração, onde se dispersou. 
À noite houve iluminação, música nas ruas e uma récita no Teatro Angrense.



Colocado sobre um supedâneo de três degraus, tem a forma de uma pirâmide quadrangular: o lado do quadrado da base tem 6,82 m e a altura é 21,76 m. Em cada uma das faces, tem uma elipse de mármore, com inscrições em letras pretas. A do lado Norte: A Ilha Terceira; a do Sul: A D. Pedro; a do Nascente: Nasceu em 12 de Outubro de 1798; a do Poente: Morreu em 24 de Setembro de 1834.

Deste miradouro privilegiado tem-se uma vista magnífica sobre a cidade, com os seus edifícios de cores garridas e alegres, os picos das igrejas, os pontilhados verdes dos jardins e lá em baixo o azul límpido na baía contrasta  ao lado com o verdejante Monte Brasil.




Este monumento foi praticamente destruído pelo grande terramoto de 1980, tendo sido reconstruído e reinaugurado pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo em 25 de Abril de 1985.



Fontes: "A Memória liberal na ilha Terceira" - Carlos Enes

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Graben das Lages

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Existem na região nordeste da ilha Terceira um par de falhas normais paralelas:
- uma a norte da Praia da Vitória que inclina para sul
- outra a sul das Fontinhas, mas que inclina para norte.




Graben das Lages - google earth
A chamada planície do Ramo Grande formou-se quando um extensa faixa de terreno situada entre essas duas falhas se afundou, gerando-se assim uma depressão tipo vale mas de fundo plano com origem tectónica, designada em geologia por Graben. 

Denomina-se Graben das Lages porque no seu centro se localiza a Vila das Lages.

Este graben é tectónicamente activo, estando em progressivo afundamento e inclinando-se para SE, o que determina poderosos sismos, como os ocorridos em 1614 e 1841.







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Caída da Praia - crises sismicas de 1614 e 1841

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As intensas crises sísmicas de origem tectónica, ocorridas na zona do chamado Ramo Grande, derivam do afundamento do graben das Lages e ficaram conhecidas por Caída da Praia, ou Queda da Praia.

A primeira crise chamada Primeira Caída da Praia, começou a  9 de Abril de 1614, entre as 9 e as 10 horas da noite. O sismo destruiu quase totalmente a freguesia das Fontinhas e provocou grandes danos nas freguesias vizinhas. 

"(...)Ameaçou Deus o castigo em 9. d Abril, descarregou o golpe da espada da diuina justiça Sabbado vespora da Trindade pelas tres horas do mejo dia em 24. de Majo.(...)"- Manuel Luís Maldonado, em Fenix Angrence.
 
A 24 de Maio um sismo de grande magnitude destruiu quase totalmente as freguesias de Agualva, Vila Nova, Lajes e Santa Cruz da Praia, provocando 200 mortos e muitos feridos.

"(...)só digo que dentro na VIla, e fora della cahirão vinte e coatro igrejas a saber sinco parochias e dois Mosteiros de Freiras, e hú de Frades; oito igrejas de Sacramento as mais todas hermidas. Morrerão tres freiras; e húa famula, e da mais gente que se acharão por conta morrerem mais de duzentas pessoas entre grandes e pequenos. Os fogos que chairão e erão abatidos tirados os que não tinham moradores dizem, serem mil seiscentos e onze, isto tudo na jurisdicão da Villa da Praia; já dice que em coatro legoas de cumprido e hüa de largo.(...)"- Manuel Luís Maldonado, em Fenix Angrence.

Registou-se  grande movimento da falha sul do graben do Ramo Grande (ou graben das Lajes, como por vezes é designado), com o aparecimento de grandes fissuras no solo, grandes desmoronamentos e o abatimento generalizado do terreno na zona do Ramo Grande.

"(...)No direito desta igreja (Lages) contra o mar está hua serra que se chama de João de Teue que corre deste direito the a Vila da Praja, e será de comprido mais de meja legoa em direito da igreja. Pelo pee desta serra se abrio hüa rotura na terra que fez grande espanto; esta dita rotura comessou desde hüa ponta e foi correndo continuado como hú quarto de legoa, e dahi atra-uessou ao mar e a parte da dita serra que fica à banda da terra dizem ficou mais baixa do que a do mar, como que esta parte da terra estaua deante do ar e com este tremor asentou por cuja cauza ficou mais baixa do que a outra. (...)"- Manuel Luís Maldonado, em Fenix Angrence.


A gestão da crise e o processo de construção foi protagonizado directamente pelos poderes locais: câmaras da cidade de Angra e da Vila da Praia, Cabido da Sé de Angra, corregedor e provedor da fazenda.
Mas seria o rei Filipe II, na carta régia de 18 de Maio de 1615, a definir os parâmetros da reedificação, promovendo soluções inovadoras a nível construtivo e urbanístico: ...fareis de maneira que a Villa fique melhorada do que dantes era, assim na fortificaçam dos edifícios, como na ordem das ruas e serventias dellas, que fareis fezer de modo que todas se alcancem por cordel, com parecer de algum architecto pratico que para isso fareis ir à dicta Villa... -(retirado de)

"(...)Quando ao Domingo amanheceo 25. de Majo se partio logo o Dezembargador Ioão Correa de Mesquita (...) a uer sómente a Vila da Praja, e como a uisse naquella mizerauel assolação, vejo logo pera a Cidade, e no mesmo dia elle com os officiaes da Camara d Angra se puzerão em tal ordem que logo à segunda feira man-darão muito mantimento assim de pam como vinho, carne, azeite, louça, mestres pera os feridos; e foi tanto o feruor em toda esta Cidade que não ouue homem que podesse acudir com suas esmolas que o não fizesse. Outrosi os Padres da Comppanhia de Iesu o fizerão também, como sua ordem o pedia. E certo que foi tanto o cuidado que esta Cidade teue de acodir a tanta necessidade quanta tinhão aquelles sinco pouos, que por tempo de oito, ou dez dias nunqua cessarão de correr pellos caminhos carros e azemalas com todo o necessario, e barcos por mar.(...) "- Manuel Luís Maldonado, em Fenix Angrence.


A Segunda Caída da Praia ter-se-á iniciado na manhã de 12 de Junho de 1841 com a ocorrência de numerosos sismos. No dia seguinte, a 13 de Junho, sismos mais intensos provocaram danos nos edifícios o que levou os moradores da Praia e freguesias vizinhas a abandonar as suas casas.  No dia 14 de Junho, pela madrugada,  violentos sismos provocaram ainda maiores danos. Dia 15 de Junho, 3H:25m, um violento sismo causou enorme destruição na Praia e nas Fontinhas, freguesia onde ruíram todos os edifícios, e danos generalizados em todas as freguesias do leste e nordeste da Terceira entre a vila de São Sebastião e a Agualva, com centenas de casas danificadas, das quais muitas tiveram de ser reconstruídas.

"(...) a gestão do desastre e da posterior reedificação foi assegurada pelo administrador-geral do distrito de Angra do Heroísmo, José Silvestre Ribeiro (1807-1891), e pelos oficiais administrativos do Governo Civil.
(...) As freguesias foram caracterizadas pelo número de fogos e de almas e as casas atingidas foram quantificadas e classificadas em duas categorias: totalmente arruinadas e gravemente arruinadas(...)
Os parâmetros de reedificação da Vila foram definidos em termos de mudança e inovação:
...O que quero é que a Villa da Praia fique melhor construida do que antes estava – o que desejo é que um dia se diga: – Se por aqui passou o genio da destruição, viérão depois mãos bemfazejas e reparadoras, que erguêrão das ruinas os edificios, e os tornárão mais bellos, e mais sólidos… (...)
A Commissão não deve perder de vista que sendo o principal objecto acudir aos pobres, reconstruindo-lhes as suas moradas, é tambem o nosso intento reedificar a Villa da Praia e muito mais bella do que estava antes do terremoto...(...) -(retirado de)


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Fortaleza de São João Baptista

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Castelo Sao Joao Batista
Fortaleza de S.João Baptista no Monte Brasil - Angra do Heroísmo








A Fortaleza de São João Baptista, formalmente denominada como Prédio Militar nº 001/Angra do Heroísmo, é também referida como Castelo de São João Baptista, Castelo de São Filipe, Fortaleza de São Filipe ou simplesmente Fortaleza do Monte Brasil.


 


Foi erguida no contexto da Dinastia Filipina, após a conquista da Terceira pelas tropas espanholas. Assim, em 1590,  inicia-se a  elaboração do projecto da fortaleza de São Filipe (em homenagem ao soberano, Filipe II de Espanha),  pelo italiano Tiburzio Spannocchi. Em 1593 dá-se o  lançamento de sua primeira pedra, no baluarte de Santa Catarina e em 1603  inicia-se a construção da fortaleza.




A sua função era múltipla:
  • a de protecção do porto de Angra e das frotas coloniais que nele se abrigavam contra os assaltos de piratas  e de corsários, uma vez que era aqui que as embarcações se reuniam,  para juntas cumprirem a última etapa de navegação até à península Ibérica, sob escolta da Armada das Ilhas;
  • a de aquartelar as tropas espanholas  para a defesa da ilha.





"(...)Um dos actos governativos de António de Ia Puebla foi a fundação do castelo de S. Filipe, (...); mas apenas El-Rei de Castela entrou no governo de Portugal e desta ilha, tratou logo de o fundar, não só para que a defendesse, mas ainda para que auxiliasse as demais ilhas, se por inimigos fossem entradas.(...)" -em Anais da Ilha Terceira — Tomo I (Quarta Época - Capítulo XVI)



A mão-de-obra empregada nos trabalhos foi, em grande parte, fornecida por condenados às galés e por soldados do presídio, mas também  por um expressivo número de canteiros e pedreiros locais. 
Tanto os Terceirenses quanto os habitantes das demais ilhas,  suportaram tributos, cujas receitas foram aplicadas nas obras desta fortificação.
"(...) foi feita com pragas, suor e sangue."- (refere o padre Maldonado-op. cit., p. 81).

 





A fortaleza estava guarnecida, à época, por mil e quinhentos homens de primeira linha e artilhada com cerca de quatrocentas peças dos diversos calibres.










Entre 27 de Março de 1641 e 4 de Março de 1642,  as forças espanholas  resistiram  ao cerco que lhes foi imposto por forças portuguesas, compostas pelas Ordenanças da Terceira, até que por fim se renderam tendo-lhes sido permitido retirarem-se com as armas pessoais assim como duas peças de artilharia de bronze e respectiva munição.
"Os espanhóis deixaram para trás cento e trinta e oito peças de ferro e bronze de diversos calibres, trezentos e noventa e dois arcabuzes, e cerca de quatrocentos mosquetes e copiosa munição"- (ARAÚJO, 1979:80).

Monte Brasil
Igreja de S. João Baptista


Por fim em posse dos portugueses, a Fortaleza, (sob a invocação de São João Baptista e em homenagem a D. João IV de Portugal), passou a denominar-se Fortaleza de São João Baptista. Em 1645 sob a invocação do mesmo padroeiro, começou a erigir-se na Praça de Armas a Igreja de São João Baptista, a primeira no país após a Restauração da Independência.

 


Desempenhou vários papéis importantes ao longo da História até que já no século XX, entre 1916 e 1919, durante a Primeira Guerra Mundial, as dependências do forte foram utilizadas, como "Depósito de Concentrados", súbditos alemães obrigados a permanecer em Portugal por força das determinações que se seguiram à declaração de guerra.



Em 1933, tendo aqui sido criado um presídio militar, o Forte  foi utilizado como prisão política pelo Estado Novo português,  e em 1943 tornou-se no "Depósito de Presos de Angra".

 RG1 - Angra do Heroismo 
Constitui-se no aquartelamento de tropas operacionais mais antigo em território português, com uma permanência ininterrupta de quatro séculos, sendo que hoje ali se encontra o Regimento de Angra do Heroísmo (RG1), que é a organização militar mais Ocidental de Portugal e da Europa.
A Fortaleza cobre uma superfície de cerca de três quilómetros quadrados. É constituída por um núcleo principal, fechado no istmo, constituído por uma muralha de cerca de 570 metros, com três baluartes e dois meio-baluartes: 



    Baluarte de S. Pedro e Porta d'Armas
  • Baluarte de Santa Catarina, sobre a rocha do Fanal, com sete canhoneiras.
  • Baluarte de São Pedro, à esquerda do Portão de Armas, com quinze canhoneiras.
  • Baluarte da Boa Nova, à direita do Portão de Armas, com dezasseis canhoneiras, onde se encontra  o chamado Torreão da Bandeira, onde se levanta o mastro da bandeira da fortaleza.




Baluarte de Sta. Catarina
     
  • Baluarte do Espírito Santo, sobre o chamado Campo do Relvão, onde se abrem quatro canhoneiras e três paióis.
  • Baluarte de Santa Luzia, com cinco canhoneiras e um paiol. 








Porta de Armas e Fosso
Pormenor


Sobre o Portão de Armas inscrevem-se o escudo com as armas portuguesas (em substituição às armas filipinas) e uma lápide evocativa da consagração de Portugal à Imaculada Conceição, ambas as pedras colocadas após a rendição espanhola.





A partir de cada uma de suas extremidades projectam-se duas outras cortinas que envolvem a península:

Costa Leste do Monte Brasil
 Ao longo da costa leste do Monte Brasil, o Baluarte de Santa Luzia liga-se à cortina de Santo António, com aproximadamente um quilómetro de extensão, onde se inscrevem, no sentido Norte-Sul:
  1. a Porta do Portinho Novo
  2. a Porta do Cais da Figueirinha
  3. o Reduto dos Dois Paus;
  4. o Reduto de São Francisco;
  5. o Forte de São Benedito do Monte Brasil (Reduto dos Três Paus);
  6. o Reduto de Santo Inácio;
  7. o Forte de Santo António do Monte Brasil
No lado Sudeste da península, voltado a mar aberto, encontra-se o  Forte da Quebrada, implementado sobre a rocha viva junto ao mar, a sua função era a de evitar que, em ângulo morto dos fogos do Forte de São Diogo e do Santo António, qualquer embarcação pudessem se ocultar ou encontrar abrigo.

A cortina do lado Oeste, que também se estende por cerca de um quilómetro, compreende, no sentido Sul-Norte:
Costa Oeste do Monte Brasil
  1. a Bateria da Constituição;
  2. o Forte de São Diogo do Monte Brasil (Forte do Zimbreiro);
  3. a Bateria da Fidelidade;
  4. o Reduto General Saldanha;
  5. o Reduto de São Gonçalo;
  6. o Reduto de Santa Cruz;
  7. o Reduto de Santa Teresa;
  8. o Cais do Castelo, na baía do Fanal.

Nota: todos estes redutos e fortes encontram-se em estado de ruína.


Forte de São Filipe do Monte Brasil
(Autor desconhecido, 1595,
Arquivo Geral de Simancas.)



Forte de São João Baptista no Google earth
















O conjunto da Fortaleza e da Igreja de S. João Baptista, encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 32.973, de 18 de Agosto de 1943, e inscrito no Centro Histórico de Angra do Heroísmo, classificado pela UNESCO como Património Mundial desde 1983. Encontra-se classificada como Monumento Regional e tem Servidão Ambiental por se encontrar inserida na Paisagem Protegida do Monte Brasil.






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Forte de São Sebastião

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A data indicada como sendo a do início da construção do Forte de São Sebastião é entre 1568 e 1578, a mando do rei D. Sebastião de Portugal, homenagem a quem ficou sob a invocação do santo de mesmo nome.



"(...) Por haver estado fundeada na baía do Porto Novo, abaixo da vila de S. Sebastião, uma armada de 50 navios de guerra, que andavam ao corso, procedeu-se a vistoria, e se tratou de edificar imediatamente a fortaleza de S. Sebastião; assim como no Porto Judeu a de Santo António; e foram estas as primeiras fortalezas que houveram em toda a costa (...). - por Francisco Ferreira Drummond em  Anais da Ilha Terceira- Tomo I (Terceira Época - Capítulo VII)






Estando bem guarnecido e artilhado, as suas obras foram dadas como concluídas em 1580, embora faltasse a construção de  praticamente toda a muralha do lado Este, que terá sido concluída já no período da dinastia filipina.







O Forte de São Sebastião desempenhou vários papéis importantes na História da ilha:
- em 1581,  tendo contribuído para afastar a esquadra de D. Pedro de Valdez;

- em 1589, contribui para o afastamento dos navios do corsário inglês Sir Francis Drake;

- em 1597,  contribui para o afastamento da armada sob o comando de Robert Devereux;
 



- em 1641, os Terceirense tomaram posse do forte e a sua artilharia rompeu fogo contra a Fortaleza de São Filipe, o que permitiu  o controle do porto, impedindo o auxílio aos espanhóis sitiados na Fortaleza;

- em 1708, com o apoio da artilharia do Monte Brasil, repeliu a armada do corsário francês René Duguay-Trouin;



- em 1943, no contexto da Segunda Guerra Mundial, as dependências do forte foram ocupadas por tropas britânicas;


- em  2003, a Marinha Portuguesa arriou pela última vez a Bandeira Portuguesa no antigo forte.




Em 1964 o Forte foi proposto como Imóvel de Interesse Público pela Comissão de Arte e Arqueologia da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, encontrando-se assim classificado pelo Decreto nº 47.508, de 24 de Janeiro de 1967, classificação consumida por inclusão no conjunto classificado da Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo, conforme a Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, e artigo 10.º e alínea a) do artigo 57.º do Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto.
Em 1983 o Centro Histórico de Angra do Heroísmo, incluindo as muralhas deste forte, foi classificada como Património da Humanidade pela UNESCO.

Forte de São  Sebastião - Angra do Heroísmo
Planta do Forte



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Fortificações - A História

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A primeira fortificação iniciada em Angra, na passagem da década de 1460 para a de 1470, por Álvaro Martins Homem, foi o Castelo de São Luís ou Castelo dos Moinhos. Era uma fortificação de modestas proporções, em posição dominante sobre o vale, a ribeira e o porto da vila, ainda seguindo as concepções castrenses tardo-medievais: em lugar elevado, no interior da terra, afastado do mar.



Forte de São João Baptista


Em 1566, corsários franceses sob o comando do capitão Caldeira, atacaram a ilha da Madeira tentando o mesmo na ilha Terceira tendo sido repelidos, pelo que passado um ano, em 1567, foi enviado ao Arquipélago dos Açores Tommaso Benedetto, arquitecto e engenheiro militar italiano, juntamente com o também engenheiro Pompeo Arditi, com o fim de orientarem a fortificação das ilhas. Foi ele, que traçou o plano defensivo da Ilha Terceira.





Forte de São Sebastião

A maior parte das fortificações previstas nesse plano foi implementada por determinação de  Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos, entre os anos de 1579 e 1583,  e ascende a mais de cinquenta obras defensivas. Ciprião de Figueiredo, era corregedor dos Açores, ou seja, um  magistrado administrativo e judicial que representava a Coroa e a quem competia fiscalizar a aplicação da justiça e a administração do território, tendo vindo a desempenhar um importante papel na História destas ilhas, particularmente na ilha Terceira.





"(...) Não havia naquele tempo em toda a costa da ilha Terceira alguma fortaleza, excepto aquela de S. Sebastião, posto que em todas as cortinas do sul se tivessem feito alguns redutos e estâncias, nos lugares mais susceptíveis de desembarque inimigo(...)
Uma das fortalezas que a experiência mostrou ser da maior necessidade, foi a que então ele mandou fazer na ponta do Monte Brasil, da parte de leste  (...).  A este forte deu o nome de Santo António, em obséquio do novo Rei que assim se chamava (...). Na outra ponta da parte do sul edificou o forte chamado do Zimbreiro.
Os mais fortes que Ciprião de Figueiredo mandou edificar (...) são os seguintes: dentro na baía da cidade, entre a mencionada fortaleza de Santo António e o Porto Novo, edificou-se outro forte; correndo para o poente, onde se chama a Prainha, outro, (...) Edificou-se mais adiante a fortaleza de São Mateus, o forte da Calheta, e o do Negrito ; e dali até à Serreta  fizeram-se trincheiras em poucos lugares, por ser costa mui brava.
Para leste fez-se um forte, onde se chama o Vale de Estêvão Ferreira, além do castelo de S. Sebastião. E porque dali até à Feteira é costa brava, apenas se fizeram em alguns baixos pequenas trincheiras e baluartes, como foi nas Laginhas.
Continuou-se o forte de Santo António no (...) Porto Judeu; fez-se um baluarte na Ponta dos Coelhos; concluíram-se a boa fortaleza da Salga e o reduto que lhe fica fronteiro (...) , fundou-se o forte das Cavalas, (...); e um pouco adiante fez-se o forte das Caninhas.
(...) edificou-se o forte da Greta; e o de Santa Catarina, (...); e entre os ilhéus fez-se um baluarte, no lugar em que pelos anos em diante a Câmara de Angra mandou construir a fortaleza do Bom Jesus.
(...)na baía de Porto Novo, edificou-se o forte denominado Pesqueiro dos Meninos; e dentro na enseada do mesmo porto, concluiu-se um pequeno castelo denominado de S. Sebastião,(...)  edificou-se o forte de Nazaré, e logo adiante o de S. Tiago, que cruza, com o forte de São Bento, a enseada do Porto de Martim. Defronte da ermida de S. Vicente fez-se outro forte, e dentro da baía da Praia construíram-se 12 fortes e baluartes, (...).
Toda esta grande fortificação se efectuou pelo incansável zelo e actividade do governador Ciprião do Figueiredo, a quem não faltavam os meios necessários,(...) e ainda que algumas obras da fortificação se não concluíram com a maior perfeição, senão depois de vários anos, e ainda durante o governo de Filipe III, é certo que esta ilha se tornou inconquistável, e não consta que depois disto alguma força a pretendesse atacar, por mal defendida.(...) "- Anais da Ilha Terceira - Tomo I (Quarta Época - Capítulo IV)



Em 1593, após a conquista da Terceira pelas tropas espanholas, inicia-se a construção da Fortaleza de São Filipe, hoje Fortaleza de São João Baptista.

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Ontem, fez-se Surf na Praínha

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Palácio dos Capitães-Generais

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Palácio dos Capitães-Generais


Colegio da Companhia de Jesus em Angra do Heroismo

Trata-se de um conjunto edificado de apreciáveis dimensões, onde primitivamente esteve instalado o Colégio da Companhia de Jesus que, em 1595, foi crismado com o nome de "Colégio da Ascensão".





A Longa História do "Colégio"...


1570


A 1 de Junho de 1570,  um grupo de doze religiosos Jesuítas entrou solenemente em Angra, para dar seguimento à construção do Colégio dos Jesuítas da Angra, que tinha sido mandado erguer por Alvará de D. Sebastião, em 19 de Fevereiro do mesmo ano (Os Jesuítas viviam em colégios e não em conventos ou mosteiros).  Ficaram instalados num edifício situado na Rua da Rocha (ver), que tinha sido fundado por José da Silva do Canto para  Recolhimento de Órfãos e onde existia a Ermida de Nossa Senhora das Neves.


1572 a 1577


"(...) Em 1572, D. Sebastião concedeu as licenças necessárias para a construção de uma nova edificação e atribuiu 600$00 reis anuais para o estabelecimento e sustento dos padres da Companhia, pagos a partir desse ano pelo Provedor da Fazenda Real na Terceira, através dos rendimentos da Coroa naquela ilha. As obras foram dirigidas pelo jesuíta Francisco Dias, com recurso das esmolas das principais famílias da ilha.
(...) 
Concedeu El-Rei a estes padres:
- o privilégio exclusivo de ensinarem Latim (alvará de 19 de Fevereiro) (...);
- que pudessem embarcar todo o género de cereais livremente (alvará de 10 de Janeiro de 1575);
- e que pudessem prender na cadeia pública da cidade os estudantes delinquentes, e não seriam soltos sem ordem do reitor (alvará de 25 de Outubro de 1577).
A sua maneira de viver e comportamento no século, as suas pregações e confissões, e outros meios adoptados por estudo particular desta Sociedade, lhes granjearam muitos bens, e o conceito de primeiros nesta ilha, e por isso se lhes incumbiram os negócios de maior transcendência, e os da Inquisição, que também lhes foram confiados até à sua extinção.(...)




1581 e 1582



(...) aclamar El-Rei Filipe por conselho dos padres da Companhia de Jesus, em razão das relações de amizade que entre eles havia,(...)  por mais que os padres depuseram e juraram o contrário, (...) confiscaram as rendas do Colégio e os bens móveis dele, proibiram-lhe o dizer missa, fecharam-lhes as portas, até as da igreja, e lhes taparam as janelas de pedra e cal, de modo que só às quartas-feiras lhes deitavam algum comer, e tudo se fazia por oficiais franceses; e assim estiveram os padres entaipados desde Julho de 1581 até Julho de 1582, em que foram mandados embarcar.(...)
Os padres da Companhia, em número de dez, (...) chegaram ao porto de Antona em Inglaterra, (...) No entretanto El-Rei D. António entregou o colégio, e todo o seu móvel, a outros religiosos que consigo trazia, e nos aposentos do mesmo colégio fez enfermaria de franceses, e armazéns de munições de guerra.(...)" 

em Anais da Ilha Terceira de  Francisco Ferreira Drummond - Tomo I

 


1641


Com a Restauração da Independência,  aqui tiveram lugar as reuniões do Conselho de Guerra presididas pelo padre jesuíta Francisco Cabral, coordenando-se o assédio ao Castelo de São Filipe (actual Fortaleza de São João Baptista) até à sua capitulação, a 4 de Março de 1642. 

Entretanto, os estudos no colégio seguiam o estipulado pelas Constituições da Companhia de Jesus. Os cursos aqui ministrados cobriam desde o ensino fundamental (então as primeiras letras) ao superior. Nesta última modalidade eram oferecidos os cursos de:
  • Letras - o mais elementar, com duração de três anos, compreendendo Gramática (latina), Humanidades e Retórica;
  • Filosofia ou Artes - com duração de três anos e sete meses, compreendendo Dialéctica, Lógica, Física e Metafísica; e
  • Teologia - o mais avançado, com duração de quatro anos, compreendendo Teologia Escolástica, Sagrada Escritura, Hebraico, Línguas Orientais e Sul-Americanas (indígenas), e Casuística.

1759


Em 1759, o Marquês de Pombal mandou expulsar os jesuítas da metrópole e das colónias, confiscando os seus bens, sob a alegação de que a Companhia de Jesus agia como um poder autónomo dentro do Estado português. Os religiosos foram expulsos dos Açores no ano seguinte (1760), tendo o Colégio da Terceira sido o último a ser abandonado, a 15 de Agosto. Foram confiscados pela Fazenda Nacional o edifício do Colégio, o Pátio dos Estudos, a Igreja e os respectivos anexos:
" Daqui partiram, na ocasião, doze religiosos, além daqueles que vinham dos Colégios no Faial e em São Miguel. Todos foram levados para a Inglaterra. Aqueles que possuíam objectos de prata de valor superior a cem mil cruzados, tiveram-nos confiscados, tendo Pombal mandado recolhê-los à Casa da Moeda de Lisboa onde foram fundidos para cunhar moeda. Desta, uma pequena parte foi remetida ao Provedor da Real Fazenda nos Açores para custear diversas obras então em curso em Angra, como o Cais da Alfândega e melhorias nas muralhas da Fortaleza de São João Baptista." (OLIVEIRA MARTINS, 2001:13)

Foto 1: Sala de Jantar
1766 a 1828

Em consequência das reformas Pombalinas, D. José I de Portugal, por alvará  datado de 2 de Agosto de 1766,  criava uma Capitania Geral nos Açores. Tendo em conta que já era sede da única diocese açoriana, a cidade de Angra foi escolhida para capital do arquipélago, pelo que o edifício da ala residencial do antigo Colégio  passou a servir de residência do Capitão General.
Em 1766, com a chegada do primeiro Capitão General, começou-se a adaptação do edifício às funções de palácio, transformando-se as celas conventuais em quartos e estabelecendo-se algumas salas para a secretaria do Governo Geral e para a Junta da Real Fazenda na capitania.
O segundo Capitão-general (1774), considerando insatisfatórias as obras promovidas pelo seu antecessor no palácio, preferiu residir no palácio do Governador da Fortaleza de São João Baptista. 
Será  com o  terceiro Capitão-General  que se instala neste edifício em 1796, que este será efectivamente adaptado à função de "palácio do governo"  até à extinção do cargo em 1832, sendo o  conde de Vila Flor e Duque da Terceira, o último capitão-general dos Açores.



Foto 2 - Sala dos Reis de Bragança
1828 -1834

- entre 5 de Outubro de 1828 e 22 de Junho de 1829, o palácio foi a Sede da junta Provisória;
- em 1832, D.Pedro I chega à Terceira, onde assume a regência em nome de sua filha D. Maria II, na qualidade de Duque de Bragança, e instala neste edifício a Sede do Governo da "Regência da Terceira".
- a partir de 3 de Março de 1832, durante os cerca de três meses em que Pedro IV de Portugal permaneceu na Terceira, este edifício funcionou como Paço Real.

1836

Em 1836 foi criada a 10ª Divisão Militar, com sede em Angra, sob o comando de um General, com o título de Comandante Militar dos Açores. São-lhe atribuídas, como residência, as salas do andar nobre e para secretarias, as salas do pavimento inferior.

1850

(...) ficou a parte do antigo Colégio dos Jesuítas constituindo propriedade do Ministério da Guerra e "(...) foi destinada à residência da primeira autoridade militar d'Angra e respectivas secretarias"
 
Foto 3 : Corredor
1901

Ficaram aqui instalados o rei D. Carlos e a Rainha D. Amélia quando da sua estadia na Terceira, sendo que serviu  novamente como Paço Real.

1916
No contexto da Primeira Guerra Mundial, a transferência, para este local, do Comando Militar e respectivas secretarias.

1980


Ficou bastante danificado pelo terramoto de 1980, tendo passado para a posse integral do Governo Regional. 

Ao longo de quatro séculos de história, o conjunto edificado abrigou trinta e cinco diferentes organismos/instituições, tanto da Coroa quanto da República Portuguesa, como da Região Autónoma dos Açores, sendo inúmeras vezes adaptado e remodelado. Para a sua recuperação e restauro após o sismo, foi eleita a recriação do período dos Capitães-generais, tendo se procedido para a recomposição do seu recheio à aquisição de peças de mobiliário representativas do mesmo, da passagem do século XVIII para o século XIX.

2012

Actualmente o conjunto compreende três utilizações específicas:
  • é uma das residências oficiais do Presidente do Governo Regional dos Açores;
  • alberga a administração da Vice-Presidência; e
  • possui um percurso museológico visitável.

Foi classificado como Imóvel de Interesse Público pela Resolução nº 28/80, de 29 de Abril, classificação consumida por inclusão no conjunto classificado da Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo, conforme a Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, e artigo 10.º e alínea a) do artigo 57.º do Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto.

Nota: Lamentavelmente não é permitido tirar fotografias no interior do Palácio.








 

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